31 de março de 2009

O golpe militar e o AI-5

O Golpe Militar, em 1964, portanto há 45 anos atrás, mostrou a cara quatro anos depois com o Ato Institucional nº 5 (AI-5). Foram anos de terror, perseguição, ameaças, pressões psicológicas e moral, assassinatos, desaparecimentos de sindicalistas, professores, políticos, religiosos, jornalistas, estudantes e lideranças sociais.

Nos blogs, a corrida presidencial começou

O amigo Manoel Antonio da Silva, de Marilia/SP, ao ler matéria deste blog sobre um blog da Dilma Rousseff, enviou-me matéria que discute a corrida presidencial por meio de blogs. Contribuiu assim para que este blogueiro descobrisse existir vários blogs em andamento por simpatizantes de diferentes candidaturas e que estão em pleno funcionamento e campanha eleitoral, indicando que aprenderam rápido com o presidente Norte Americano, Obama:
Dilma:
http://www.dilma13.blogspot.com/
http://www.dilmadopt.blogspot.com/
http://www.osamigosdapresidentedilma.blogspot.com/
Serra:
http://www.euqueroserra.blogspot.com/
http://www.jovemserra.wordpress.com/
http://www.serrapresidente.blogspot.com/
Aécio:
http://www.proaecio.blogspot.com/
http://www.aeciopresidente.blogspot.com/
http://www.reinaldinhooliveira.blogspot.com/
Ciro:
http://www.ciropresidente.blogspot.com/

O golpe e o milagre econômico

"Milagre" pós-1964 concentrou renda em período de expansão, dizem economistas

De Gilberto Costa - Da Agência Brasil - Em Brasília

Em UOL Notícias

O período militar de 1964 a 1985 abrigou grandes contradições na sociedade brasileira, como a modernização da economia a custo do agravamento da desigualdade social. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 20% dos brasileiros mais pobres tinham 3,9% do total da renda nacional em 1960. Vinte anos depois, em 1980, esse mesmo um quinto da população concentrava apenas 2,8% de toda a renda produzida no país.

Em 1974, após o chamado "milagre econômico", o salário mínimo tinha a metade do poder de compra de 1960. Nos anos do milagre (1968 a 1973), a taxa de crescimento econômico ficou em torno de 10%, com picos de 14%, e a indústria de transformação expandiu quase 25%.

As contradições econômicas de um país que ficava mais rico e a população mais pobre têm explicações políticas, avalia o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann. "A ausência de democracia impossibilitou haver pressão de baixo. A política autoritária acabava consagrando os resultados econômicos". Leia mais AQUI.

Sobre o golpe militar

O Golpe Militar foi tão forte que não há necessidades plenas de descrevê-lo. As inúmeras imagens de fotos, jornais, revistas, filmes e vídeos falam por si. O uso do futebol foi muitíssimo utilizado pelos militares para esconder as barbaridades que praticavam:

Lei contra Coação Moral em Nova Esperança

A Câmara Municipal de Nova Esperança aprovou uma Lei nº 1523, em 2003, que está em vigor, proibindo coação moral nas dependências da Administração Pública Municipal Direta e Indireta por Servidores Municipais.
Penso que a Lei não foi votada e sancionada por acaso. Algum tipo de coação poderia estar ocorrendo. A dúvida atual é: se existiam coações, acabaram? Alguém foi advertido? Houve suspensão com curso de aprimoramento profissional e/ou multa como estabelece a Lei? Ocorreu demissão? Vejamos o que prescreve o parágrafo 1º:
Coação Moral todo o tipo de ação, gesto ou palavra que atinja, pela repetição, a auto-estima e a segurança de um indivíduo, fazendo-o duvidar de si e de sua competência, implicando em dano no ambiente de trabalho, à evolução da carreria profissional ou a estabilidade do vínculo empregatício do funcionário, tais como: marcar tarefas com prazos impossíveis, passar alguém de uma área de responsabilidade para funções triviais; tomar créditos de idéias de outros; ignorar ou excluir um funcionário só se dirigindo a ele através de terceiros, sonegar informações de forma insistente; espalhar rumores maliciosos, criticar com persistência, subestimar esforços".

Funcionária fantasma

O Diário Gauche publicou um resumo de uma matéria da jornalista Mônica Bergamo, publicada na Folha, sobre a funcionária fantasma no Senado Federal, Luciana Cardoso, filha de Fernando Henrique Cardoso. O diálogo é de arrepiar. Falta conteúdo político na conversa. É possível perceber que não sabe o que faz e o quanto recebe. Fez a jornalista de otária, estendendo ao povo brasileiro. Descreve o Diário:
Funcionária do Senado para cuidar "dos arquivos" do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Luciana Cardoso (foto), filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que prefere trabalhar em casa já que o Senado "é uma bagunça". A coluna [da jornalista Mônica Bergamo] telefonou por três dias para o gabinete, mas não a encontrou. Na última tentativa, anteontem, a ligação foi transferida para a casa de Luciana, que ocupa o cargo de secretária parlamentar. A entrevista está publicada na Folha de hoje, coluna da jornalista Mônica Bergamo. Abaixo, um resumo da conversa:
Mônica Bergamo - Quais são suas atribuições no Senado?
Luciana Cardoso - Eu cuido de umas coisas pessoais do senador. Coisas de campanha, organizar tudo para ele.
Em 2006, você estava organizando os arquivos dele.
É, então, faz parte dessas coisas. Esse projeto não termina nunca. Enquanto uma pessoa dessa é política, é política. O arquivo é inacabável. É um serviço que eternamente continuará, a não ser que eu saia de lá.
Recebeu horas extras em janeiro, durante o recesso?
Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo [o dinheiro]. Quem manda pra mim é o senador.
E qual é o seu salário?
Salário de secretária parlamentar, amor! Descobre aí. Sou uma pessoa como todo mundo. Por acaso, sou filha do meu pai, não é? Talvez só tenha o sobrenome errado.
Cumpre horário?
Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando.
Você já entrou no gabinete do senador?
Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar "vem aqui", eu vou lá.
E o que ele te pediu nesta semana?”
Cê" não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?

29 de março de 2009

A Dilma tem blog

Por curiosidade acabo de visitar um blog que descobri ser da Dilma Rousseff, mas tenho dúvidas de que ela poste. O linguajar do blog não me parece ser dela. Alguém deve postar e se fazer passar por ela. Mais parece um blog de campanha política. E quem duvida que não seja?

O golpe militar fará 45 anos nesta madrugada

Celso Castro
Na madrugada do dia 31 de março de 1964, um golpe mJustificarilitar foi deflagrado contra o governo legalmente constituído de João Goulart. A falta de reação do governo e dos grupos que lhe davam apoio foi notável. Não se conseguiu articular os militares legalistas. Também fracassou uma greve geral proposta pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) em apoio ao governo. João Goulart, em busca de segurança, viajou no dia 1o de abril do Rio, para Brasília, e em seguida para Porto Alegre, onde Leonel Brizola tentava organizar a resistência com apoio de oficiais legalistas, a exemplo do que ocorrera em 1961. Apesar da insistência de Brizola, Jango desistiu de um confronto militar com os golpistas e seguiu para o exílio no Uruguai, de onde só retornaria ao Brasil para ser sepultado, em 1976.
Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente a presidência, conforme previsto na Constituição de 1946, e como já ocorrera em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros. O poder real, no entanto, encontrava-se em mãos militares. No dia 2 de abril, foi organizado o autodenominado "Comando Supremo da Revolução", composto por três membros: o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo (Aeronáutica), o vice-almirante Augusto Rademaker (Marinha) e o general Artur da Costa e Silva, representante do Exército e homem-forte do triunvirato. Essa junta permaneceria no poder por duas semanas.
O texto integral, AQUI.

1968: Os militares mostraram a cara por meio do AI-5

Segunda-feira de atos públicos por todo Brasil

Dezenas de cidades organizarão atos contra as demissões por todo Brasil nesta segunda-feira, dia 30. Em Maringá, o ato está sendo organizado pela CONLUTAS, INTERSINDICAL e diversas outras entidades sindicais, movimentos populares e juventude e, tem como eixo: A luta contra as demissões. O ato está marcado para as 17 horas, na Praça Raposo Tavares, com dois datelhes, sem as presenças da CUT e Força Sindical. Os organizadores do ato, pautaram:
- Medida provisória decretando a estabilidade no emprego de todos os trabalhadores;
- Readmissão dos demitidos e reestatização da Embraer sob controle dos trabalhadores;
- Edição de Lei que proíba a demissão imotivada no Brasil;
- Redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução de salários!

Coordenador do MNDH pega pesado contra Gilmar Mendes

"Há meses que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, tem se comportado como uma espécie de líder de oposição ao governo do presidente Lula. Mas muito mais grave do que isso, porém, é que Gilmar Mendes tem se insurgido contra os movimentos sociais brasileiros, colaborando, claramente e sem nenhum pudor, com a onda conservadora que criminaliza defensores e militantes dos direitos humanos de nosso país". A análise é de Gilson Cardoso, Coordenador Nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
Suas opiniões sobre a luta pela reforma agrária e os conflitos no campo são desastradas. Se de um lado ele criminaliza, com a sua fala, os movimento que lutam pela reforma agrária - que têm origem na concentração fundiária brasileira e na ausência de políticas públicas que garantam o acesso à terra - ele faz ouvido de mercador frente às graves violações a que são submetidos os trabalhadores e as lideranças sociais no campo", diz Gilson Cardoso.
"Não o vimos se manifestar sobre as ações policiais que vitimam os pobres que moravam na periferia e nas favelas de nossas cidades e nem sobre o contínuo massacre a que são submetidos os índios brasileiros. Entendemos que suas intervenções públicas são tendenciosas, e espantosas vindo de uma figura pública que deveria se isentar do debate público e proteger de maneira correta e equilibrada nossa Constituição, garantindo a independência do Judiciário e os princípios básicos do Estado Democrático de Direito", finaliza do Coordenador Nacional do MNDH. Leia a matéria completa.

27 de março de 2009

Reflexos do golpe militar

Por Mariza Magalhães - Extraido de História Net

Quando o golpe militar aconteceu em 1964, algumas pessoas pensavam que aquela situação seria passageira. No entanto, ele veio com as mesmas características dos demais, ou seja, foi feito na “calada” da madrugada. Quando a população acordou os militares já estavam no poder. Era necessário que a população se organizasse para retirá-los do poder.

A história mostra que a direita sempre foi mais organizada do que à esquerda, por isso, quando os militares assumiram criaram os famosos Atos Institucionais, mais conhecidos como Ais. Com os Atos Institucionais chegaram também as perseguições e torturas. Foi aí que os presos políticos sentiram o Ai literalmente, a dor [...].

Nas mãos dos censores textos e imagens, movimentos eram proibidos por apresentar conteúdos - no entender dos burocratas a quem se delegara o poder de julgar – subversivo ou imoral. Alguns autores tornaram-se vítimas preferenciais. O compositor Chico Buarque de Holanda foi obrigado a criar um personagem, ao qual deu o nome de Julinho da Adelaide. Um mesmo samba, enviado a julgamento sob o nome de Chico Buarque era vetado, assinado por Julinho da Adelaide, passavam sem corte.

A repressão que calou vozes e tirou de cena liderança política e administrativa nascente, criou um vazio que tornou cinzento os anos seguintes - até os dias atuais estamos lutando para resgatar os valores perdidos como as organizações estudantis, sindicatos e até a Igreja Católica.

Foi diante dessa situação que muitos estudantes, sindicalistas e religiosos optaram em lutar contra o governo militar, enfrentando o AI-5. Alguns foram presos, torturados física e psicologicamente, outros morreram dentro dos porões da ditadura. Alguns foram exilados, outros se auto-exilaram. Alguns preferiram viver na clandestinidade lutando para derrubar o regime militar instaurado em 1964. E é dentro desse contexto que vamos encontrar Marighella e os freis dominicanos [...].

26 de março de 2009

Americanos apóiam o golpe

As conversas do vídeo abaixo pode ter sido uma montagem, mas demonstra o que pode ter acontecido entre os militares brasileiros, o Golpe fatal e as relações com o governo Norte Americano.

Astúcia dos bandidos

Um comunicado corre a internet alertando que bandidos estão dando de 10 x 0 em criatividade, nas pessoas e na polícia. Vejam:
Você, amigos ou familiares estão num bar ou restaurante, batendo papo e se divertindo. De repente chega um indivíduo e pergunta: de quem é o carro tal, com placa tal, estacionado na rua tal e solicita que o proprietário dê um pulinho onde está o veículo para manobrá-lo, pois está dificultando a saída de outro carro. A pessoa, bastante solícito vai e, ao chegar até o seu carro, anunciam assalto, levando seu carro e seus pertences, correndo o risco de levar um tiro...
Em casos semelhante, o aconselhável é ir acompanhado! Chame alguns amigos para ir junto e de longe verifique se é verdade o que foi dito pelo indivíduo. A mesma situação pode acontecer, quando se está na igreja, supermercado ou outros locais de encontros coletivos. Todo cuidado é pouco e não confie em qualquer história.

Empate técnico

Observando a quantidade de motos pela cidade, contei em pouco mais de dois minutos – nesta manhã – 40 veículos e 37 motos na Avenida Tuiuti (Jardim Novo Oásis) em direção ao centro de Maringá. Em breve o número de motos deve aumentar e provocar mais acidentes, sobretudo porque os motoqueiros são demasiadamente abusados e poucos são os que de fato respeitam as leis, outros veículos, motos e pedestres.

25 de março de 2009

Ditadura - onde tudo começou

O vídeo que segue foi elaborado quatro anos atrás e continua atualizado. São quase dez minutos que vale o tempo investido para assistir.

Falta de consciência histórica e política

A reviravolta dos vereadores que se curvaram aos mandos do prefeito de Maringá, Sílvio Barros, já era esperada por quem tem conhecimento dos comportamentos dos edis perante o Poder Executivo. E o pior é que este é um problema nacional e não local. Uma batida de mão ou de pé já os assustam. Não sabem e desconhecem o poder que tem. Se os vereadores trabalham, não parece trabalhar pela cidade, pelos maringaenses e sim por eles, pelo prefeito e, neste caso da lei vetada, pela ACIM, o que é totalmente errado. Indico aos vereadores – neste momento de pulo de galho – a ler o resumo de um debate que realizei com os vereadores de Jandaia do Sul no mandato passado, intitulado: "Gestão pública e participação popular - responsabilidades políticas do Legislativo e do Executivo". No texto descrevo o que deve fazer os vereadores e o prefeito. Só não fazem porque não querem. É mais fácil governar para si do que para o povo. É falta de consciência histórica, política e social.
Tudo isto é simplesmente para dizer que o que os vereadores fizeram ontem em votar contra a lei que eles apresentaram e aprovaram sobre o feriado de 20 de novembro e que havia sido vetado pelo prefeito, foi uma catástrofe que poderá cair contra os próprios vereadores nas próximas eleições. Não são os negros que perdem. Perde os maringaenses, o povo brasileiro.

A Ditadura Militar

Poucos são os estudantes do século XXI que sabem sobre o período da ditadura militar no Brasil, menos ainda na América Latina. Alguns até podem pensar num primeiro momento que não aconteceu, mesmo com personagens vivos que descrevam os horrores das prisões e repressões. Vale conhecer o que aconteceu e muito se tem escrito e pesquisado a respeito. Um texto intitulado “A Ditadura Militar”, publicado pela Cultura Brasil merece leitura objetivando aprofundarmos sobre o que aconteceu nas décadas de 60, 70 e 80 no Brasil. Aquele período não pode ser esquecido para não ser repetido.

24 de março de 2009

Como virei um comunista, um socialista

Ditadura e ditabranda

O textos sobre o Golpe Militar publicados neste blog nem sempre representam o pensamento ideológico do administrador sobre o período militar, mas é importante para o leitor tomar conhecimento sobre o que se pensa e escreve a respeito do período compreendido entre 1964-1985. No objetivo de contribuir - provocar - com informações para um debate / estudo sobre a questão, segue um primeiro texto, publicado por Carlos Heitor Cony, na Folha UOL, no dia 20 deste mês.

CARLOS HEITOR CONY
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2003200928.htm

Na ditadura brasileira, houve graduação na violência, o que não a redime do horror

EDITORIAL RECENTE da Folha criou discussão não sobre o gênero, mas sobre o grau totalitário do movimento militar que perdurou até 1985, período que a história decidiu classificar como "anos de chumbo".

O trocadilho usado (ditabranda em vez de ditadura) pode ter sido infeliz, mas nem por isso errado de todo. O que houve entre as duas datas (1964 e 1985) foi realmente uma ditadura gradual, que chegou a seu ponto-limite em 1968, com a edição do AI-5. Abandonando qualquer disfarce cínico e jurídico, precipitou a nação num regime de brutalidade e desrespeito à dignidade humana.Digo repetidas vezes que nada entendo de política e nada entendo de nada, mas as circunstâncias daquela época me pegaram desprevenido. E, como escrevia artigos e crônicas num grande jornal da época, fui obrigado a me manifestar, sendo punido com seis prisões e um processo que o então ministro da Guerra, general Costa e Silva, moveu contra mim por infração prevista na Lei de Segurança Nacional da época.

Meus artigos começaram no dia seguinte ao golpe, a 2 de abril de 1964. Eram violentos e apaixonados justamente porque não entendia direito o que estava acontecendo, a não ser o ritual da opressão. O processo contra mim foi instaurado em julho daquele ano, e eu tive o direito de ter advogado, o ex-ministro Nelson Hungria, que se ofereceu de graça para me defender, chegando a obter do Supremo Tribunal Federal um habeas corpus que descaracterizou o processo, o qual passou a correr não mais pela LSN, mas pela Lei de Imprensa.Fui condenado a três meses da prisão. A justiça não fora de todo abolida após a edição do primeiro Ato Institucional. Havia brechas do Estado de Direito, os tribunais funcionavam, outros habeas corpus foram concedidos a perseguidos pelo movimento militar, como os ex-governadores Miguel Arraes, Mauro Borges e Plínio Coelho.Houve violência na repressão, mas alguns resíduos de legalidade permaneceram após a primeira fase da ditadura. O regime militar, que fora apoiado pela maioria da sociedade civil e pela totalidade da mídia, tentava manter uma aparência de legalidade. Aos poucos -repito, gradualmente-, a cortina de chumbo desceu sobre a nação, sobretudo após 1968, que iniciou o período de horror na vida pública nacional, não apenas no setor político, mas no seio das universidades, dos sindicatos e das instituições públicas e particulares.

A ditadura gradual não foi uma exceção aqui no Brasil. O exemplo mais radical de Estado totalitário, pelo menos no século 20, foi o da Alemanha nazista. Em 1933, quando o presidente Hindenburg, vencendo sua repugnância pessoal por Hitler, chamou-o para formar o novo gabinete, foi convencido por Von Papen de que o novo chanceler seria contido pelos sociais democratas que formariam o governo. Dos cinco ou seis ministros do primeiro gabinete, apenas dois pertenciam ao Partido Nazista: o próprio Hitler e Goering, a quem seria destinada uma pasta ainda inexistente.Sabemos o que aconteceu pouco depois: o edifício do parlamento pegou fogo, Hitler assumiu poderes totais -e a humanidade conheceu um dos regimes mais abomináveis da história.Outra ditadura gradual foi, paradoxalmente, a "era do terror" da Revolução Francesa, o curto mas truculento período dominado por Robespierre, ele próprio vítima da violência que instaurou.

Citei dois exemplos da graduação dos regimes de força. Acredito que o mesmo critério pode ser aplicado ao movimento de 64. É ocioso relativizar a prática de crimes continuados, mas, em alguns casos, torna-se patente o aumento do grau em qualquer tipo de aberração política ou moral, embora o gênero permaneça o mesmo.Caso mais antigo e bem mais ilustrativo seria a ditadura de César, também gradual. Somente com a eliminação de Pompeu, na batalha de Farsália, ele se tornaria o tirano que seria apunhalado nos idos de março pelos liberais do Império Romano, "so are they all, all honourable men" -segundo o discurso que Shakespeare colocou na boca de Marco Antônio.

Por definição, não há brandura nas ditaduras. Em Cuba e no Chile, por exemplo, elas já começaram realmente duras, para valer. No caso brasileiro, houve uma graduação na violência, uma graduação que não a redime do horror que provocou e ainda provoca na memória nacional.

23 de março de 2009

Trapaceando as proibições

Descobri que por meio de qualquer “site anônimo” do exterior, consegue-se adentrar qualquer blogger, inclusive pelos computadores proibidos pelo presidente da Câmara de Vereadores de Maringá. Eis alguns exemplos:
https://www.secure-tunnel.com/
http://anonymouse.org/cgi-bin/anon-www.cgi/
É só entrar nestes sites ou em outros sites estrangeiros e digitar no espaço "PROCURA" o nome do blog desejado. Alguns sites permitem acrescentar após a barra o nome do blog que se quer acessar. Outros sites transformam o nome do blog em código, não sendo possível digitar o blog. Neste caso deve-se digitar o nome do blog no espaço "procura". Exemplo: quero acessar o blog http://elias-brandao.blogspot.com/ ou http://angelorigon.blogspot.com/ e o site anônimo aceita o nome do blog após a barra, ficaria assim:
https://www.secure-tunnel.com/http://elias-brandao.blogspot.com/
http://anonymouse.org/cgi-bin/anon-www.cgi/http://angelorigon.blogspot.com/
Do contrário, digite o nome do blog no espaço destinado para "procurar" e clik "ok". Sobre mais sites anônimos é só adentrar o google e digitar "sites anônimos", podendo encontrar várias sugestões e opções para navegar.
O objetivo desta matéria não é incentivar que os funcionários da Câmara ludibriem a rede de computadores da Câmara, mas informar de que há formas de se alcançar um objetivo por caminhos diferentes.
Na realidade o que fez a prNegritoesidência da Câmara de Maringá foi perder a oportunidade de trabalhar o lado educativo dos funcionários de que produzissem para os vereadores para quem prestam assessorias, ajudando-os e ajudando a população e não ficassem navegando e comentando em blogs por muito tempo ou o dia inteiro - o que também sou contra. No entanto, a presidência optou pelo lado punitivo que é extremamente anti-educativo e não pelo caminho educativo.

Anos de chumbo

31 de março e o golpe militar

Aproximamo-nos do dia 31 de março, data em que, em 1964, o golpe militar foi fatal no Brasil. O tempo passa, o tempo voa. Vai fazer 45 anos do golpe e ainda o Estado brasileiro nos esconde muitas informações e documentos. Eu tinha apenas quatro anos de idade quando o golpe ocorreu e de nada lembro. Só sei que foram anos de chumbo.
A partir desta tarde pretendo divulgar uma vez ao dia alguma matéria ou reportagem a respeito do que fizeram os militares contra os cidadãos no Brasil. Estou levantando vídeos e textos para pensarmos sobre as perseguições, mortes, prisões e sequelas que deixaram à nação brasileira, interferindo nas ações e comportamentos sociais, políticos, econômicos e culturais de todos nós. Quem tiver alguma indicação de vídeo ou texto, que nos envie. A participação do leitor será um enriquecimento e tanto para não esquecermos do que nossos irmanos viveram nas mãos e controle dos militares.

22 de março de 2009

Encontro de historiadores

Na noite de sábado, dia 21, os historiadores da UEM formados em 1996 se encontraram - 12 anos depois - para um churrasco de confraternização. O encontro ocorreu nas dependências da ASPP de Maringá, com a participação de 09 "intelectuais" e adentrou a madrugada de domingo.

21 de março de 2009

Padre Zenildo

Fui surpreendido em casa, nesta manhã, pela visita do grande companheiro da época da CPT-PR, padre Zenildo Megiatto, pároco em São Pedro do Ivaí. Alegre e sorridente relembrou suas últimas viagens pelo Brasil, América Latina e Europa (Espanha). Está animadíssimo com os trabalhos no Vale do Ivaí e disse não saber quanto tempo mais ficará por lá. Lembramos um pouco do que enfrentamos de bravas bocas por este Norte e Noroeste do Paraná em defesa dos camponeses e trabalhadores do MST. Valeu padre, que bom sua visita.

Quem manda

Um chefe de departamento, bem chato, achando que seus subordinados não estavam mais respeitando sua liderança, resolveu colocar a seguinte placa na porta de seu escritório:
"AQUI QUEM MANDA SOU EU"
Ao voltar de uma reunião, encontrou um bilhete junto à placa:
"SUA ESPOSA LIGOU E DISSE QUE É PARA O SENHOR LEVAR A PLACA DELA DE VOLTA"

20 de março de 2009

Briga de cachorros e de humanos

Dois cachorros resolvem se atacar em plena calçada enquanto caminhava nesta manhã. Após alguns ataques, se separaram e cada um seguiu seu caminho. Ninguém se atreveu a separá-los. Primeiro por não serem conhecidos. Segundo por estarem fora de si, raivosos, podendo atacar os estranhos humanos. A briga me fez lembrar de que dependendo da situação, outros cachorros tentariam separá-los ou até fariam parte da situação. Por outro lado, se um deles tivesse um dono, este sairia na proteção de seu estimado: gritaria e tentaria separá-los.
Comparando a briga dos cachorros a uma briga humana, não seria diferente. Caso dois estranhos iniciassem uma briga ou se separariam por conta com ameaças de um contra o outro (perdedor sobre vencedor), ou pessoas que nada tivessem com a situação tentariam separá-los. Caso um dos envolvidos na briga tivesse um cachorro, este possivelmente sairia em defesa de seu dono. Caso alguns cachorros estivessem nas proximidades da briga dos humanos e não os conhecessem, nada fariam e agiriam como nada estivesse acontecendo, pois a briga nada teria haver com eles. Assim como os humanos vendo uma briga de cachorros desconhecidos e não os separando, o mesmo faria os cachorros com os humanos desconhecidos para eles.
No entanto há uma grande diferença entre uma briga de cachorros e uma briga de humanos. Os cachorros brigam e após o ato, um não ameaça o outro de morte. Cada um segue se destino ou, segundos depois estão convivendo harmoniosamente. Já os humanos são vingativos. Brigam, carregam resquícios e, um deles – magoado – pode retornar e causar uma catástrofe sem limite: um assassinato. Quando não chegam a este ponto, viram a cara, se tornam inimigos e não mais se conversam. Observando os dois atos que é comum acontecer nas ruas, em casas e nos bares, é possível concluir que os cachorros são mais espertos que os homens e merecem nossa admiração.

19 de março de 2009

Calçada afunda ao lado de cemitério

Imagine você andando em uma calçada ao lado de um cemitério e conversando sobre histórias antigas de que mortos apareciam às pessoas e, de repente a calçada afunda abruptamente e você desaparece buraco adentro. Foi o que aconteceu na noite de sexta-feira, dia 13 (a data foi de acabar para os supersticiosos), na Rua Alagoas, centro de Londrina. Um casal que passava se machucou e foram socorridos por populares. Devem ter tomado um susto à altura dos episódios políticos daquela cidade. Afunda vereadores, prefeitos e agora a calçada do cemitério. Veja mais.

Doutorando

Estive nesta manhã em Paranavaí, na Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras (Fafipa) e encontrei o professor de História, José Augusto Alves Neto, que disse sempre acompanhar as notícias deste blog e, confesso que fiquei feliz pela informação. Fazendo o doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Augusto como é conhecido, concluiu os créditos das disciplinas e está se preparando para escrever a tese. É isto aí, Augusto, prepare-se que escrever não é tão fácil e rápido como se imagina antes de começar. Pensar é cansativo a beça, mas vale a pena. Também encontrei e conversei com os professores Maurílio Rompatto e Ricardo Tadeu Caires Silva, ambos do Dpto de História, além da professora Regina Torres de Souza, do Dpto de Letras.

16 de março de 2009

Celular e volante

Parte dos condutores de Maringá tem abusado do uso de celular enquanto dirige. A todo instante qualquer pessoa vê motoristas dirigindo e conversando ao celular como se estivesse no escritório da empresa, no sofá da casa ou no campo descansando. Na Tuiuti, no início desta tarde, um motorista além de andar devagar, ainda adentrava a pista da esquerda, atrapalhando os veículos que o ultrapassariam, no meu caso. Ao ultrapassá-lo percebi que o mesmo estava tão à vontade ao celular, que não percebia estar atrapalhando o trânsito, correndo risco de causar acidente. O pior é que nada podemos fazer a não ser dar uma olhada para o peão e elogiá-lo. Celular e volante, perigo constante.

15 de março de 2009

Coletivo de estudos em Direitos Humanos

Doze profissionais (entre eles pedagogos, assistentes sociais, historiadores, teólogos e advogados) se reuniram na manhã de sábado, dia 14 para reorganizarem o Coletivo de Estudos e Educação em Direitos Humanos de Maringá (CEEDH), antigo CDH de Maringá - pessoas da sociedade civil. As reuniões de estudo ocorrerão a cada 45 dias e mais detalhes podem ser conhecidas no blog do Coletivo.

Dicionário Popular atinge 2756 palavras

Atualizei hoje o Dicionário de Gírias Populares. Agora são 2756 palavras para se deliciarem. Observei que o Dicionário tem recebido aproximadamente duas mil visitas/mês e ultrapassou a casa das onze mil visitas desde que o criei. Estou muitíssimo grato. Eis algumas das gírias publicadas hoje:
BRUCUTU = ignorante.
JECA TATU = bobo(a), besta, atrasado(a).
MIMOSA = mexerica, bergamota, laranja.
EMBORCAR = virar.
BERGAMOTA = laranja, mexerica, mimosa.
CUDIGUIM = miúdos de porco em tripa, ou seja, chouriço “branco” dos miúdos do porco.
URUPEMBA = peneira.
GAIOTA = carrinho de burro, carroção.
MONDONGO = rato.
ABRACADABRA = abrir rápido, muito rápido.
NHECO-NHECO = relação sexual, sexo.
MALEMÁ = pouco.
CAGAR O PAU = vacilar, deixar passar sem perceber.
DIABOÉISSO = o que é isso?

13 de março de 2009

Excomungando de verdade

EXCOMUNGAMOS...
Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
Excomungamos todos aqueles que multiplicam sua renda através da especulação financeira, principais responsáveis pela crise atual, com todos os males que ela provoca, tornando mais miseráveis os pobres e mais poderosos os ricos...
Excomungamos todos os “paraísos fiscais”, onde o trabalho da imensa multidão anônima se converte em ouro, em dólares e em capital para uso de poucos...
Excomungamos o sistema capitalista de produção e sua filosofia liberal que, ao longo da história, se nutre da exploração dos recursos naturais, do trabalho humano e do patrimônio cultural dos povos...
Excomungamos todos aqueles que acumulam fazenda sobre fazenda, casa sobre casa, criando imensos latifúndios improdutivos ou mansões vazias, ao lado de milhões de pessoas famintas e sem terra e sem teto...
Excomungamos os responsáveis pelos assassinatos no campo e na cidade, não somente os que empunham a arma do crime, mas com maior razão os que pagam para matar...
Excomungamos todos os políticos que, apoiados pelo voto popular, usam do poder em benefício próprio e de seus apadrinhados, traindo aqueles que o elegeram e corrompendo os canais da participação popular...
Excomungamos todo Estado que alimenta um exército de soldados e burocratas e, ao mesmo tempo, deixa cada vez mais precários os serviços públicos, substituindo-os com políticas compensatórias...
Excomungamos todos os traficantes de droga, de pessoas humanas ou de órgãos humanos, que mercantilizam a vida e causam a destruição da família e de todos os laços fraternos de solidariedade...
Excomungamos todas as milícias paramilitares e a “banda podre” das polícias porque, a cada ano, ceifam a vida de milhares de jovens e adolescentes...
Excomungamos todos os tiranos que a ferro e fogo ainda reinam sobre a face da terra, assentados em tronos de ouro, construídos com o sangue, o suor e as lágrimas de seus súditos...
Excomungamos todos os mega-projetos, agro e hidro negócios, que devastam a natureza, contaminam o ar e as águas e, no afã de acumular poder e riqueza, reduzem drasticamente a biodiversidade sobre o planeta Terra...
Excomungamos todos os pedófilos, estupradores, sequestradores e seus cúmplices que não só escandalizam os inocentes, mas os convertem em objeto de prazer e de lucro...
Excomungamos a violência do homem sobre a mulher e as crianças, não raro encoberta pela inviolabilidade do lar e da família e que, aos milhões, esconde hematomas, cicatrizes e traumas sem remédio...
Excomungamos os que fazem de seus carros uma arma que fere, mutila e mata e que seguem impunes pelas ruas com suas máquinas velozes e letais...
Excomungamos todo tipo de exploração do trabalho humano, transformando mulheres e homens em peças descartáveis de uma engrenagem que se alimenta de carne humana...
Excomungamos todo sistema prisional que, pela superlotação, pelos abusos e pela tortura, avilta a pessoa humana e faz da prisão uma verdadeira escola do crime...
Excomungamos todas injustiças e assimetrias realizadas em nome da “democracia liberal”, pois a história tem sido testemunha de que essas duas expressões são incompatíveis...

12 de março de 2009

Manifesto afro-brasileiro

Seis organizações ligadas a cultura afro-brasileira entregaram manifesto aos vereadores de Maringá nesta tarde. A questão é que os vereadores de Maringá aprovaram projeto de feriado no todo dia 20 de novembro e o prefeito Sílvio Barros ameaça vetá-lo. Vai dá o que falar. Clique para ampliar ou visite o site do vereador Humberto Henrique.

Propinas

Em Londrina, os primeiros três dias desta semana foram movimentados. A justiça ouviu vários depoimentos de ex-vereadores acusados ou testemunhas do suposto pagamento de propina para que se aprovassem mudanças no zoneamento do Plano Diretor visando a construção de um shopping na região norte daquela cidade. Leia tudo, AQUI.

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA - de 9 anos

Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.


III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

11 de março de 2009

Costurando sem cinto

Aproximávamos do Colégio Estadual Branca da Mota Fernandes quando um motorista – relativamente obeso – percebeu um agente de trânsito e rapidamente puxou o cinto sobre ele. Ao passar pelo agente, soltou o cinto e continuou sem ele e ainda deu uma olhada para mim como se dissesse: “fica na tua”. O pior é que parecia apressado. Adentrou a Colombo sempre acima da velocidade permitida e foi costurando os veículos o quanto pode. Quanto mais corria, mais teve que se conter nos sinaleiros que, fechados e com filas enormes de carros, obrigava-o a esperar. Todos os carros que haviam sido ultrapassados na Colombo pela esquerda ou direita o alcançava. Os motoristas olhavam o condutor como se quisessem puxar a orelha ou tomar-lhe a carteira de motorista.

Sujeira pública

Com a evolução industrial, científica e tecnológica, as prefeituras de cidades que se acham avançadas deixam de utilizar o trabalho humano na varrição manual de ruas e avenidas e utilizam tratores. Interessante é que há pouco um dos tratores saiu da Rua Rio Ligeiro e desceu a Avenida Tuiuti deixando um rastro de lixo que havia recolhido, sem que o tratorista percebesse a sujeira que foi sendo deixada. Devesse estar com problema. Por sorte ou azar, é uma avenida relativamente movimentada e em poucos minutos o vento dos carros que passaram em velocidade pela avenida empurrou a sujeira para debaixo dos veículos estacionados, beira do meio fio e bueiros. Desta vez não foi limpeza pública e sim sujeira pública.

10 de março de 2009

O Diário agora tem e-mail próprio

A partir de hoje, o Di@rio Eli@s Br@nd@o tem e-mail próprio e já está registrado no alto deste blog: diarioeliasbrandao@gmail.com. Encaminhe sua sugestão, crítica, informação, nota, desabafo, flagrante, foto, desenho, poesia, assim como sua análise social, política ou econômica para o e-mail do Di@rio que, após análise divulgaremos para o mundo.

Ocupação de casas em Sarandi

Prefeitura de Sarandi distribui nota à imprensa informando que ocorreu invasão no Jardim Universal. Para este blogueiro foi ocupação e não invasão. De um lote de 35 casas vazias (desocupadas e, por isso entendo que não houve invasão e sim ocupação), 17 foram ocupadas pelas famílias que aguardam promessas de moradia. Vez que as casas estão construídas, por que a Caixa Econômica Federal não adianta os trabalhos, liberando-as para que a Prefeitura as distribuam as famílias que precisa? Na nota a prefeitura informa que o departamento jurídico estuda junto a construtora medidas cabíveis. As medidas seriam despejos? Por que não estuda medidas de habitação, vez que as famílias não tem moradia?
Eis o teor da nota:
"Invasão no Jardim Universal
A Prefeitura Municipal de Sarandi informa: com relação a ocupação indevida das casas situadas no Jardim Universal de um lote com 35 casas sendo que 17 foram invadidas, temos a dizer que estas moradias fazem parte de um convênio de Habitação junto com a Caixa Econômica Federal que inda não fez o repasse dos referidos imóveis ao município, quanto ao ato o departamento jurídico estuda junto a construtora as medidas cabíveis. Os moradores pré-selecionados irão participar de uma reunião com junto com a prefeitura no dia 12 de março (quinta-feira) as 10 horas para solicitar a reintegração dos imóveis."

Ministro Gilmar Mendes, do STF: grande proprietário de terras, diz CPT

Nota distribuída pela Secretaria Nacional da Comissão Pastoral da Terra sobre as declarações de Gilmar Mendes:

"Ai dos que coam mosquitos e engolem camelos" (MT 23,24)
A Coordenação Nacional da CPT diante das manifestações do presidente do STF, Gilmar Mendes, vem a público se manifestar.
No dia 25 de fevereiro, à raiz da morte de quatro seguranças armados de fazendas no Pernambuco e de ocupações de terras no Pontal do Paranapanema, o ministro acusou os movimentos de praticarem ações ilegais e criticou o poder executivo de cometer ato ilícito por repassar recursos públicos para quem, segundo ele, pratica ações ilegais. Cobrou do Ministério Público investigação sobre tais repasses.
No dia 4 de março, voltou à carga discordando do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para quem o repasse de dinheiro público a entidades que "invadem" propriedades públicas ou privadas, como o MST, não deve ser classificado automaticamente como crime.O ministro, então, anunciou a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual ele mesmo é presidente, de recomendar aos tribunais de todo o país que seja dada prioridade a ações sobre conflitos fundiários.
Esta medida de dar prioridade aos conflitos agrários era mais do que necessária. Quem sabe com ela aconteça o julgamento das apelações dos responsáveis pelo massacre de Eldorado de Carajás, (PA), sucedido em 1996; tenha um desfecho o processo do massacre de Corumbiara, (RO), (1995); seja por fim julgada a chacina dos fiscais do Ministério do Trabalho, em Unaí, MG (2004); seja também julgado o massacre de sem terras, em Felisburgo (MG) 2004; o mesmo acontecendo com o arrastado julgamento do assassinato de Irmã Dorothy Stang, em Anapu (PA) no ano de2005, e cuja federalização foi negada pelo STJ, em 2005.
Quem sabe com esta medida possam ser analisados os mais de mil e quinhentos casos de assassinato de trabalhadores do campo. A CPT, com efeito, registrou de 1985 a 2007, 1.117 ocorrências de conflitos com a morte de 1.493 trabalhadores. (Em 2008, ainda dados parciais, são 23 os assassinatos). Destas 1.117 ocorrências, só 85 foram julgadas até hoje, tendo sido condenados 71 executores dos crimes e absolvidos 49 e condenados somente 19 mandantes, dos quais nenhum se encontra preso. Ou aguardam julgamento das apelações em liberdade, ou fugiram da prisão, muitas vezes pela porta da frente, ou morreram.
Causa estranheza, porém, o fato desta medida estar sendo tomada neste momento. A prioridade pedida pelo CNJ será para o conjunto dos conflitos fundiários ou para levantar as ações dos sem terra a fim de incriminá-los? Pelo que se pode deduzir da fala do presidente do STF, "faltam só dois anos para o fim do governo Lula"... e não se pode esperar, "pois estamos falando de mortes" nos parece ser a segunda alternativa, pois conflitos fundiários, seguidos de mortes, são constantes. Alguém já viu, por acaso, este presidente do Supremo se levantar contra a violência que se abate sobre os trabalhadores do campo, ou denunciar a grilagem de terras públicas, ou cobrar medidas contra os fazendeiros que exploram mão-de-obra escrava?
Ao contrário, o ministro vem se mostrando insistentemente zeloso em cobrar do governo as migalhas repassadas aos movimentos que hoje abastecem dezenas de cidades brasileiras com os produtos dos seus assentamentos, que conseguiram, com sua produção, elevar a renda de diversos municípios, além de suprirem o poder público em ações de educação, de assistência técnica, e em ações comunitárias. O ministro não faz a mesma cobrança em relação ao repasse de vultosos recursos ao agronegócio e às suas entidades de classe.
Pelas intervenções do ministro se deduz que ele vê na organização dos trabalhadores sem terra, sobretudo no MST, uma ameaça constanNegritote aos direitos constitucionais.
O ministro Gilmar Mendes não esconde sua parcialidade e de que lado está. Como grande proprietário de terra no Mato Grosso ele é um representante das elites brasileiras, ciosas dos seus privilégios. Para ele e para elas os que valem, são os que impulsionam o "progresso", embora ao preço do desvio de recursos, da grilagem de terras, da destruição do meio-ambiente, e da exploração da mão de obra em condições análogas às de trabalho escravo.
Gilmar Mendes escancara aos olhos da Nação a realidade do poder judiciário que, com raras exceções, vem colocando o direito à propriedade da terra como um direito absoluto e relativiza a sua função social. O poder judiciário, na maioria das vezes leniente com a classe dominante é agílimo para atender suas demandas contra os pequenos e extremamente lento ou omisso em face das justas reivindicações destes. Exemplo disso foi a veloz libertação do banqueiro Daniel Dantas, também grande latifundiário no Pará, mesmo pesando sobre ele acusações muito sérias, inclusive de tentativa de corrupção.
O Evangelho é incisivo ao denunciar a hipocrisia reinante nas altas esferas do poder: "Ai de vocês, guias cegos, vocês coam um mosquito, mas engolem um camelo" (MT 23,23-24).
Que o Deus de Justiça ilumine nosso País e o livre de juízes como Gilmar Mendes!
Goiânia, 6 de março de 2009.
Dom Xavier Gilles de Maupeou d´Ableiges,
Presidente da Comissão Pastoral da Terra

De um judeu: O estupro e a excomunhão

Não sou religioso -- e, ainda por cima, sou judeu. Talvez não seja o indivíduo mais recomendado para comentar a decisão da Igreja Católica de excomungar a mãe da menina de nove anos em Pernambuco e os médicos que fizeram o aborto --a menina, de 9 anos, estava grávida do padrasto. A excomunhão me parece um segundo estupro. Apesar de discordar, posso entender que a Igreja condene o aborto. Até, fazendo força, entendo que condenem um padre, parlamentar do PT, que defendeu o uso da camisinha. São posições arcaicas e, na minha visão, prejudiciais à saúde pública, mas se inserem em princípios. O que não consigo entender é por que estão humilhando e fazendo sofrer ainda mais a mãe da menina grávida, já condenada a um drama familiar --um sofrimento que se estende para a garota, que fica como filha de uma excomungada. Quem conhece a religiosidade do interior do Nordeste sabe o peso disso. Faltou aí não só bom senso, mas humanidade. Duvido que essa seja a opinião da maioria dos católicos. Vale apena entrar no site: www.folha.com.br e ir pra coluna do Gilberto Dimenstein e ver as mensagens que estão chegando contra a Igreja Católica, é de arrepiar.

9 de março de 2009

Ronaldo e seus joelhos

Não tenho um time de coração para torcer ou ser fanático, mas sempre que um clássico ocorre espero gools para ambos os lados. Ontem não foi diferente. Mesmo não sendo corintiano torci pelo Ronaldo. Confesso que sem querer, o próprio corpo parou na frente da TV para assistir e torcer que o Ronaldo fizesse alguma jogada interessante. Nem precisava fazer gol. Que me desculpe os palmeirenses, mas foi interessante ver o gol do jogador, sinalizando prometer em nível de seleção que tanto tem deixado a desejar. Quando o mesmo foi calçado, tive receio que um de seus joelhos tivesse sido afetado, mas não. Levantou e não mancou. Sinal de que sarou. Muitas seleções pelo mundo afora devem estar preocupada com a volta do Ronaldo – não digo ser fenômeno, para mim é mito. Mas é determinado. Será que o homem ainda aprontará alguma na seleção?

Protógenes na Campanha da Fraternidade sobre Corrupção e Segurança Pública

O delegado federal Protógenes Queiroz, em seu blog, na matéria intitulada: VEJA A MENTIRA analisa texto da VEJA antes mesmo de sua distribuição em massa aos assinantes e bancas de todo o Brasil. A Revista agendada para o dia 11 de março, já é conhecida no dia 08 de março por muitos, sobretudo pelos assinantes. Tenho sérias dúvidas sobre o que os jornalistas escrevem, mais ainda quando um meio de comunicação objetiva fazer dinheiro e muito dinheiro por meio das vendas, independente de machucar alguém ou não. Após questionar o conjunto da VEJA, o delegado informa ter realizado um “encontro saudável com Cardeal Dom Odilio Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo no último dia 05 de março de 2009 na sede da casa episcopal, onde eu e o colega Sergio Roque ( presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo ) firmamos compromisso de colaborar ativamente da campanha da fraternidade, cujo tema é sobre Corrupção e Segurança Pública. Na presente reunião falamos a respeito de várias formas de violência, inclusive das notícias e escândalos fabricados por meio da mídia objetivando atingir diretamente pessoas inocentes e influenciando de forma malígna o comportamento da sociedade. Mas de tudo resta-nos apenas prestar muitas orações para saúde e familiares dessas pessoas perversa ingressar com as medidas judiciais adequadas para corrigir os excessos da referida matéria mentirosa travestida de reportagem”.

João Ivo no Núcleo de Educação

Messias Mendes acaba de divulgar informação de que o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi, foi convidado pela Secretária Estadual de Educação para assumir a coordenação regional do programa Paraná Alfabetizado e trabalhará no Núcleo Regional de Educação que, dias atrás, comentei estar abandonado e sem ventilação, levando os profissionais da educação a sofrerem além do normal naquele prédio.

8 de março de 2009

Em Maringá, pooooooode

Corrigido - Tenho viajado um bocado e não vejo tanto desrespeito às leis de trânsito quanto aqui em Maringá. Um caso concreto é a Avenida Gaspar Ricardo (dos dois lados), frente à Zacarias e Recco. Pintaram as faixas no lado esquerdo e direito de cada pista, legalizando o lado do canteiro central para estacionamento. Fica uma pergunta no ar que somente a Secretaria de Transporte pode responder: foi para “legalizar” o ilegal? De acordo com o art. 181, VIII do CTB, é proibido estacionar para o lado do canteiro central. Aí vai a prefeitura e avalio desrespeitar o CTB sinalizando faixa de “legal” em local que de acordo com o Código é ilegal. Não é estranho? Tem explicação legal? Como motorista, pergunto: para quem a Lei tem valor de Lei e, quem de fato, direito e dever deve obedecer?

6 de março de 2009

Dinheiro no quadro não é vendaval

Este é um dos belos quadros que pintei em 2005. Pela primeira vez estou socializando com os leitores. Não sou pintor, mas aprontei. Foi um aproveitamento dos dinheiros antigos que acumulei. Pintei outros e, quem sabe, divulgarei.

Estacionamento à esquerda

Existem ruas e avenidas em Maringá - não é diferente em outras cidades - que dirigir se torna a cada dia um trabalho difícil devido os condutores que desrespeitam as leis e estacionam os veículos nos dois lados da pista, mais ainda com um caminhão de cada lado, complicando-nos. Todos os veículos estacionados do lado esquerdo estão irregulares. Se em Maringá o trânsito já está um caos, imaginemos na hora de pico, como a foto denuncia. Acostumemos-nos, pois ficará pior.

Assembléia do Fórum DCA

No próximo dia 13 de março, das 13:30hs as 17hs, no auditório da Biblioteca Municipal de Maringá (Rua 15 de novembro - Centro/ ao lado dos Correios), será realizado a Assembléia do Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - Fórum Regional DCA Maringá.

Um ministro e um bispo: o perigo das posições contundentes

Duas posições de autoridades chamaram minha atenção esta semana. As manifestações do presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticando o Movimento dos Sem Terra (MST) e a do arcebispo de Recife e Olinda, Dom José Cardoso Sobrinho, contra o aborto na criança de 9 anos.
O presidente do Supremo ao criticar o Movimento Sem Terra e os projetos do governo federal aos assentamentos parecia falar em nome dos fazendeiros e da UDR, até parecia um fazendeiro revoltado, contundente, afirmativo, crítico, positivo... Fiquei imaginando o ministro presidindo ações contra o MST e outros movimentos sociais: quilombolas, índios, sindicalistas, sem teto, estudantes... Tudo bem que alguns integrantes do MST exageram, no entanto, exageros também cometem os ministros, juízes, promotores, políticos, governadores, prefeitos, deputados e senadores. Vereadores, então, nem se fale...
A outra situação escandalosa foi do arcebispo ao se posicionar contrário à situação do aborto em uma criança de 9 anos que corria sérios riscos caso o aborto não fosse realizado. Absurdo a posição e mais ainda as excomunhões. Ainda bem que não acredito mais em excomunhão, pois já acreditei (quando seminarista até dei palestra sobre). Excomunhão, assim como o purgarório, indulgências e heresias são resquícios da Idade Média e não tem sentido no século XXI. Não é por menos que fui mandado embora do Seminário em 1984. Questionava as posições conservadoras da Igreja e dos bispos, a exemplo do celibato, da falta de apoio ao povo pobre e movimentos sociais, da ausência de formação da consciência dos leigos, entre outras. O pior é que o pensamento do arcebispo representa o pensamento eclesiástico.

5 de março de 2009

Proibido estacionar

Entre outros veículos que costumam estacionar embaixo de placas “proibido estacionar” estava um carro do Correio e outros à sua frente . O local acima é ao lado de um shopping ao lado da Av. Colombo, mas é comum flagrantes destes por toda a cidade. É comum também vermos policiais fora de serviço fazer algo semelhante ou parar na contramão, cientes de que não serão molestados pelos colegas de trabalho.

NRE abandonado

A educação é um setor no Estado em alto grau de abandono. Pela primeira vez entrei hoje no Núcleo Regional de Educação de Maringá e fiquei perplexo como trabalham aqueles cidadãos funcionários do Estado do Paraná. É um amontoado de funcionários e mesas encostadas umas às outras, além do pouco ar que adentra pelas janelas. É um calor infernal amenizado por alguns ventiladores. Havia professores se abanando com leque ou mãos e outros se levantavam e saiam das divisórias reclamando do calor. Ouvi reclames de que o local é o pior da região, seja em condições espaciais, humanos e prediais. Os gestores do local deveriam cobrar da Secretaria Estadual de Educação a construção de um local humano ou locar um espaço que fosse educativo. O local onde se encontra o NRE, sinceramente, poderia ser mais aconchegante, bonito, organizado, com ar condicionado, mas não, deixa-nos constrangido.

Contradição

Começa hoje em São Paulo um encontro das mulheres do campo e o tema do debate é "O ritmo de vida e o método de trabalho das mulheres do campo". Interessante é que o encontro realizar-se-á justamente junto aos que investigam a organização dos movimentos sociais, sobretudo o Movimento dos Sem Terra (MST), ou seja, na Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Não havia lugar mais neutro para o encontro? Leia mais. Eu avalio que encontro como este não deveria ser realizado em locais como o da polícia. Como não sabemos de que mulheres do campo são, resta-nos esperar o resultado do encontro. Mas que é contraditório, é.

4 de março de 2009

Especulação imobiliária rural

Andando por alguns sítios e conhecendo várias estradas rurais da região de Maringá, aproveitei para conversar com sitiantes e tomei um susto. Não imaginava que a especulação havia atingindo nossa região em plena crise mundial. Ou a crise é crise somente fora de Maringá ou do Brasil. Para se ter uma idéia, vi chácaras de mil metros quadrados custando vinte e cinco mil reais, ou seja, vinte e cinco reais o metro quadrado. Vi chácaras de vinte mil metros quadrados custando duzentos mil reais. O alqueire (24.200m²) em nossa região e Marialva, custa cem mil ou mais. Mas o importante não foi saber das especulações devido o povo da cidade estar buscando fugir delas e se refugiarem nos sítios ou condomínios rurais. O interessante foi conhecer as estradas rurais que ligam Maringá a cidades como Sarandi, Marialva, Mandaguaçu e Astorga (Tupinambá). Algumas estão de excelente qualidade, outras estão a desejar.

Encontro

O MNDH-Paraná, entidade da qual fui coordenador no Estado até 2007 e conselheiro nacional até abril de 2008, realizará encontro estadual neste fim de semana em Maringá. Mais informes, no blog da entidade.

Auto Escola dá mau exemplo

O flagrante do carro acima é na Avenida Riachuelo. O veículo da Auto Escola está estacionado no lado esquerdo da Avenida, para o lado do canteiro central, acompanhado de vários outros veículos estacionados atrás e à frente, o que é proibido, mesmo que não tenha placa escrita ou com o desenho de "proibido estacionar". De acordo com o Art. 181, VIII do CTB, o veículo e seu condutor estariam passíveis de multa e perca de pontos na carteira. Os agentes de trânsito deveriam chegar junto, avisando que na próxima a caneta poderá correr solta. O interessante é que o exemplo deveria começar com quem "ensina" a ser motorista pela cidade e a estacionar corretamente. Imaginemos os motoristas que são formados por aí. No meu tempo não era assim. Aprendi que devemos estacionar certo e jamais levei uma multa por estacionar errado.

3 de março de 2009

Fotos de irregularidades no trânsito

Em breve este blog começará a divulgar fotos de veículos flagrados cometendo infrações pelas ruas, calçadas, faixas de pedestres e outros lugares de Maringá. A dúvida que nos permeiam é se as placas dos veículos flagrados podem ou não aparecer no blog ou se devo ofuscá-las para não ter problemas com ações de reparação de danos. Uma coisa é certa, são tantas as irregularidades que não dá para deixar passar sem divulgar. Além das indicadas acima, também são observadas: uso de celulares por condutores com veículos em movimento, beber cerveja e dirigir, apostar corrida, empinar moto, utilizar som alto além do limite... São absurdos um atrás do outro que, à medida que fotografadas ou gravadas, serão divulgadas. Os leitores podem contribuir enviando fotos de flagrantes.

Acidente

Por pouco não viro sardinha em um acidente no início desta tarde na Colombo com a Morangueira. Caso eu estivesse uns três ou cinco minutos adiantado, poderia ter ficado prensado entre dois caminhões. Um caminhão pareceu ter saído do Posto de combustível e outro parecia trafegar na segunda pista da Colombo – direção Sarandi-Paranavaí. Como na terceira pista trafegava o carro de passeio, não deu outra, foi prensando pelas laterais, bloqueando as portas laterais dianteiras e traseiras. Rapidamente os bombeiros foram para o local, além de policiais e vários agentes de trânsito para controlar o trânsito que em minutos virou um caos. Diante do tumulto que se formou e do horário apertado em que me encontrava, não parei e estou até agora sem saber ao certo como tudo aconteceu e se houve feridos. Pareceu-me que um quarto veículo também foi atingindo, pois encontrava-se poucos metros à frente, quase debaixo do semáforo.

Virus e virus

Que canalhas!!!; Recado do dentista; Veja minhas fotos; As fotos que você pediu... Estes são alguns dos assuntos que chegam aos e-mails das pessoas, geralmente virus mas que chegam por meio de endereços e-mails conhecidos. A orientação é que não sejam abertos e sim, deletados imediatamente.

2 de março de 2009

Vice-presidente prorroga a vida

Foto: Expointer
O vice-presidente da República, José Alencar, em entrevista ao repórter José Roberto Burnier, no Fantástico deste domingo e no Bom dia Brasil de hoje, disse não querer nem um dia a mais de vida se não for da vontade de Deus. A questão é que dificilmente qualquer outro brasileiro que não tivesse dinheiro tivesse sobrevivido àquela cirurgia de 18 horas, da retirada de diversos tumores, cirurgia de risco, envolvendo vários médicos. Tenho minhas dúvidas. Aí fico pensando: disse ele não prorrogar nenhum um dia a mais a vida. Mas à medida que o dinheiro ou o prestígio político entra no jogo, não estaria prorrogando a vida? Os médicos fariam cirurgia semelhante caso fosse eu, você ou qualquer outro trabalhador com um simples plano de saúde ou pelo SUS? Alguns “trabalhadores” não estão sendo mais privilegiados que outros?