30 de abril de 2011

Dia do trabalhador X o dia seguinte

Amanhã, domingo, dia 01 de maio, é dia do trabalhador. Muitos insistem afirmar ser um dia de festa do  trabalhador. Vale apena observar que o dia do Trabalhador não é dia de festa e sim dia de reflexão sobre como surgiu esta data. Ela é resultado das manifestações dos trabalhadores exigindo melhores condições de trabalho e salário nos Estados Unidos da América (EUA), em fins do século XIX. Portanto, não é dia de festa.
Visando a discussão do dia do Trabalhador, ocorrerá em Sarandi-PR, neste domingo, dia 01 de maio de 2011, a 22ª Romaria do Trabalhador, organizado pela Arquidiocese de Maringá. A Romaria do Trabalhador de Maringá iniciou-se em 1988, mesmo ano da promulgação da Constituição atual do Brasil.
Interessante é que a mesma cidade que sediará a Romaria do Trabalhador de 2011, poderá sediar no dia seguinte, 02 de maio, uma grande mobilização de policiais (há rumores que deve passar de 200 homens) para "oferecer" cobertura à mudança (não poderá ser despejo?) de mais de 100 famílias que residem numa área conhecida como Conjunto Mutirão. De acordo com o blogueiro Hilário Gomes, a área na qual residem as famílias dará lugar a um Hospital Municipal, um quartel da Polícia Militar e a uma delegacia de polícia.
Interessante é o silêncio em torno da ação que deve ocorrer na próxima segunda-feira, dia 02 de maio. Há rumores no mutirão que haverá força policial e que não haverá aulas na escola ao lado.
Em sendo mudança para o Conjunto Floresta, qual o motivo de não haver aulas na Escola? O que a mudança tem haver com as aulas? Haverá mesmo força policial? Em havendo, não se caracterizará despejo?

Publicação de livros online

Tenho recebido manifestações - para não dizer reclamações - pelo fato de meu Sítio estar um tanto abandonado, como se estivesse sendo tomado pelo mato, capoeira e cerrado. Acontece que não estou dando conta das demandas profissionais e políticos-sociais: pesquisa, leituras, orientações, aulas, produções acadêmicas...
Por falar em produções acadêmicas-científicas, a Gráfica e Editora Massoni começou a publicar online alguns livros, entre eles, os nossos. Visite o site da Editora, no espaço "E-book" e aprecie as publicações. Eis dois livros meus:
  1. BRANDÃO, Elias Canuto (Org.). Orçamento Participativo: avanços, limites e desafios. O livro é enriquecido com palestras realizadas no Seminário Estadual do Orçamento Participativo, realizado em Maringá, em 2003.
  2. BRANDÃO, Elias Canuto. História social: da invasão do Brasil ao maxixe e lambari. Este livro é resultado da pesquisa de Mestrado em Educação, realizado na Universidade Metodista de Piracicaba/SP (UNIMEP), onde pesquisei a educação e formação da consciência social, crítica e política dos assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

17 de abril de 2011

1996-2011: 15 anos do massacre de Eldorado do Carajás

Há 15 anos - em 17 de abril de 1996 - assistíamos um dos piores massacres do Brasil: o massacre de Eldorado do Carajá, no Pará. Policiais daquele Estado assassinaram 19 trabalhadores rurais sem terra e deixaram mais de 100 pessoas feridas (crianças e adultos - mulheres e homens).
Tudo aconteceu em uma estrada de terra - numa curva, conhecida como curva do S - quando os trabalhadores se dirigiam à capital e foram impedidos pelos policiais e pistoleiros de continuarem a viagem.
Até este 17 de abril de 2011 a "justiça" não condenou nenhum policial e mandantes. A morosidade da "justiça" nos leva ao descrédito com perguntas como: temos "justiça" no Brasil? Que "justiça" temos? "Justiça" a favor de quem?

1 de abril de 2011

Moto taxi

Descia pela Avenida Tuiuti, Jardim Novo Oásis, sentido centro, quando um motoqueiro em alta velocidade me ultrapassou. Ao passar, li no colete: "moto taxi". O condutor, em velocidade que devia ultrapassar os 80km/h, inclinou-se para trás e tampou a placa da moto para não ser identificado pelo radar. Imaginei a "responsabilidade" ou irresponsabilidade dele transportando clientes.