12 de abril de 2022

ÁGUA QUE LAVA A ALMA


Senti sede. Pensei na água
Água que do alto deságua
Da folha que cai pingo d'água
Que todos sempre tenham água.
Água que lava a alma
Nos faz manter a calma
Mata sede, dá vida à palma
E que ao beber me acalma.
A milhões falta água saudável
A poucos ela chega potável
Que a água não seja descartável.
Águas que pelos rios escorrem
Rios que com águas percorrem
Águas que contaminadas morrem.

Elias Canuto Brandão - 11/04/2022

10 de abril de 2022

BOTA FOGO


Bota-se fogo na floresta Amazônica
E o governo não faz defesa faraônica
O fogo criminoso deixa a população atômica
Prática de um governo de ações irônicas.
Fecha os olhos à nossa rica floresta
Fogo como se atirasse em nossa testa
Sobre ela rolam e deitam, fazem festa
E ameaça aquele que se manifesta.
Bota fogo e espalha que foi acidental
E culpa o Brasil por ser continental
É necessário penalidades ambiental.
Botar fogo na Amazônia dizendo protegê-la
Foi ação que resultou em desprotegê-la
E àquela pessoa que a defende: constrangê-la.
Elias Canuto Brandão – 10/04/2022

9 de abril de 2022

BURGUESES E PROLETÁRIOS


No século XIX, Marx deu o ponto pé inicial
No Manifesto, a leitura consubstancial
Naquele século, fez análise macrosocial
Analisou a burguesia versus classe social.
Informou que a burguesia organizou o Estado
Confrontou os senhores feudais, deixando-os lascados
Já os proletários organizados lutou contra os abastados
Burgueses sanguinários, desqualificados.
No Manifesto, vê-se a luta de classes
Em um século de muitos impasses
Operários em sindicato e um ao outro ajudasse
E no partido comunista, o conjunto transformasse.
Proletários dispostos a batalhas revolucionárias
Contra uma burguesia de ideias ordinárias
Que só pensavam no lucro, reacionária
Mas os proletários encararam, luta necessária.
Muito mais o Manifesto apresenta
Com um Marx que a burguesia não isenta
Uma burguesia que a perseguição fomenta
Mas os operários também tem ferramenta.
Elias Canuto Brandão – 09/04/2022

8 de abril de 2022

SONHOS


Por muitas coisas boas, o povo sonha
Com um Brasil melhor que se imponha
Que deixemos de ter vergonha
E retirar do poder quem nos envergonha.
Sonhos de um povo politizado
Que deixe de viver como gado
Que lute, não viva acomodado
Se mobilize, seja organizado.
Sonhos da casa e educação para a família
Emprego, saúde, terra e mobília
Água, energia e salário que não só auxilia
Que ultrapasse os discursos e a homilia.
Sonhos de Universidade pública pra população
Universidade não só pra quem vive da acumulação
Direitos trabalhistas respeitados na Constituição
Meio ambiente não degradado pela especulação.
Sonhos dos trabalhadores no poder
Governando sem a esperança perder
Resgatando a dignidade e a todos defender
E as políticas sociais, a todos atender.
Assim são os sonhos dos brasileiros
Brasileiros que não são trapaceiros
Que batalham, não são grileiros
São trabalhadores e hospitaleiros.
Elias Canuto Brandão – 08/04/2022

7 de abril de 2022

A REVOLTA DOS ESTUDANTES


Se há algo politizante
É ver estudantes vibrantes
Contra um governo arrogante
Privatização não, levante.
Nas escolas se mobilizaram
Aulas televisionadas boicotaram
Contra o Estado despontaram
“Exigimos professores”, atacaram.
Escolas paralisaram
Gritos de ordens plantaram
As pressões não hesitaram
E os pais os apoiaram.
Lutar é parte da aprendizagem
Se mobilizar, resistir, ter coragem
Quando com consciência, agem
“Professores em sala”, a mensagem.
Assim se mobilizaram os estudantes
Cresceram em consciência, gigantes
Foi a revolta dos estudantes autoconfiantes
Por professor em sala, não coadjuvantes.
Elias Canuto Brandão – 07/04/2022

6 de abril de 2022

RESISTÊNCIA


Rala, rala, rala, resistência
Fome, fome, fome, resiliência
Medo, medo, medo da dependência
Luta, luta, luta, persistência.
A vida é uma constante resistência
É seca, tromba d’água, impotência
Desse terra do morro, morte e condolência
Enterro, promessa política, negligência.
O ser é humano teimoso, resistência
Perde bens, perde família, não a paciência
Luta e reconquista tudo com decência.
Uma catástrofe não desanima, traz sapiência
Bravura em lutar com prudência
Além de ajudar outros pela resistência.
Elias Canuto Brandão – 06/04/2022

5 de abril de 2022

PANDEMIA


O que a pandemia fez com eu e você
Reinventar-se, criar-se, se conhecê
Ter medo de morrer, seja eu seja ocê
O receio era ser do vírus mercê.
Vacina surge, vacina no braço
Inclusive no braço de alguns bundaço
Diminuiu a pandemia, retornou o abraço
O medo diminuiu e reocupamos o espaço.
Desconfiávamos até do amigo
Precavidos víamos como perigo
Como se fosse nosso inimigo.
Passado o momento da pandemia
Frequentamos bares e academia
E alguns voltaram à vida boemia.
Elias Canuto Brandão – 05/04/2022

4 de abril de 2022

AS CURVAS DAS ESTRADAS


As curvas das estradas
E nelas, suas lombadas
São portas de entradas
Das belezas desvendadas.
Após as curvas, as matas
Visuais e cascatas
Árvores e cataratas
Que curvas sensatas.
Após as curvas vê-se acidente
Também lindos visuais, evidente
Sempre conduzindo consciente.
As mais belas curvas vistas
São em estradas sinuosas, artistas
E aquelas com muitos ciclistas.
Elias Canuto Brandão – 04/04/2022

ESTRADAS RURAIS


Saio pelas estradas rurais
Renovo-me com as coisas naturais
Vejo gados nos currais
Pássaros, águas e corais.
Nas estradas rurais é bom pedalar
Sair sem destino, perambular
Alguns pontos convida a escalar
Admirar o belo e os olhos arregalar.
Sair por estrada rural é sair sem pressa
Apenas ciente que para casa regressa
Pedalar ou pilotar por elas desestressa.
Sair por estrada rural renova
Transforma, coloca-nos em prova
E para casa retorna com vida nova.

Elias Canuto Brandão - 03/04/2022

MENTIRAS


É revoltante ver o presidente com mentiras
Mas na minha cara não vem, não tiras
Mentiu da pandemia e para o Planalto partiras.
Amazonas sendo destruída e mentiras ditas
Queimadas acontecendo e 20% não acreditas
Mente-se sobre as eleições, ações malditas.
Sei haver situações que a mentira ajudou
A presos políticos que do golpe discordou
Mentiu para não dedar alguém e não se intimidou.
Mas se vê mentiras descabidas
Que deveriam ser coibidas
E todas as mentiras sucumbidas.
Mentiras, mentir, mentindo
Na cara de todos repercutindo
E as mentiras dia a dia persistindo.
Elias Canuto Brandão - 02/04/2022

1 de abril de 2022

OS DIAS SEGUINTES AO GOLPE


Os dias seguintes do golpe militar
Foram de desconcertar, desabilitar
Perseguir, prender, nada facilitar
Censurar as músicas e filmes, traulitar
Censuras a jornais e novelas
Levando jornalistas e atores a sovelas
Perseguindo nas ruas, campos e favelas
E nas prisões fazer girar sobre manivelas.
O autoritarismo marcou o militarismo
Não adianta os militares virem com ceticismo
Fazem parte de uma história do autoritarismo
Perseguir e matar foi um verdadeiro terrorismo.
Nas escolas excluíram filosofia e sociologia
Espalharam que eram matérias de ideologia
Impuseram OSPB como parte da metodologia
Controlando consciências, usando da psicologia.
Era 1º de abril, não era mentira, era perseguição
Pensadores e escritores vistos como oposição
Deputados e senadores na mira da destituição
Os militares pisou e desrespeitou a Constituição.
Religiosos perseguidos e encaminhados para prisão
Jornalistas e estudantes tidos como subversivos, era a visão
Presos eram torturados, dos generais era a decisão
A história não esquecerá, pois o golpe foi uma cisão.
Escolas e universidades estudem o golpe histórico
Pois os militares desvirtuam como se alegórico
O golpe foi ação grave, nada folclórico
Jamais nos esquecer como se fantasmagórico.
Elias Canuto Brandão – 01/04/2022